domingo, 28 de fevereiro de 2010

2º Encontro de Twitteiros Culturais em BH

Por Renata Arruda

Belo Horizonte sediou sábado (27/2) o '2° Encontro de Twitteiros Culturais’ que aconteceu no Espaço de Convívio do Uni-BH – Campus Diamantina (Rua Diamantina, 567 – Lagoinha), Às 16h30, com entrada franca, coordenado pela Estação do Saber e com Patrocínio do UNI-BH e apoio do Shopping Pátio Savassi.

As redes sociais são um dos veículos de comunicação que adquiriram nos últimos tempos um grande número de participantes e se tornaram relevantes na disseminação da informação, e uma potente ferramenta de comunicação, para grandes e pequenas empresas.

O Twitter, microblog para troca de mensagens rápidas é uma rede que vem ganhando rápida proporção inclusive no Brasil, possibilitanto a interação e troca de informação a repeito de vários assuntos.

Com o intuito de ampliar a discurssão sobre a utilização de novas tecnologias e como elas contribuem para o segmento cultural o tema deste encontro foi  “Twittando e lendo: twitter, livros e leitura”.

O debate foi acompanhado através do Twitter do ETC_BH com postagem de frases e comentários ao vivo das apresentações, além da transmissão via ustream pelo site da Estação do Saber, Contou também com a cobertura da TV Uni e TV Puc.



Vários Twitteiros e pessoas interessadas no assunto, compareceram para fomentar o debate e expor suas idéias, dúvidas e argumentações.

A psicóloga e Coordenadora do Estação Pátio Savassi e ETC_BH  Julia Ramalho Pinto, foi a mediadora do debate que teve como convidados para mesa de discurssão a jornalista e Mestranda em Estudos de Linguagem, Raquel Camargo; o Mestre em Lingüística, Wagner Carvalho, professor do Uni-BH e Alan Alencar, graduado em Ciências da Computação e especialista em novas tecnologias.


O debate se iniciou com uma questão levantada pela mediadora a repeito das possibilidades de fazer conexão em redes; de acordo com Alan Alencar o Twitter é uma ferramenta democrática ,onde a importância é a possibilidade de manter relacionamentos.
''É onde eu posso apresentar meus projetos para um grande público e atualmente está sendo visto pelas empresas como a voz do povo''.
Logo questões sobre como os participantes do encontro viam a utilização de redes sociais de leitura e o que te faz ler na internet foram abordades e discutidas entre os presentes no evento.

Todas essas questões me levaram a várias reflexões sobre o que é leitura, como o twitter e as redes sociais modificam o nosso modo de perceber a literatura e entender que tanto o popular quanto o tradicional são relevantes na nossa educação.

Para mim que sou apaixonada por esse mundo das palavras desde pequena entendo que a  leitura se dá a todo momento no nosso dia-a-dia, tanto nas redes sociais quanto em livros digitais e não digitais e em tudo mais que encontramos pelo caminho e acredito que a literatura tradicional não está sendo desvalorizada pelo digital, ao contrário ao meu ver essa é só uma nova possibilidade de divulgar a literatura e tudo de bom que uma boa leitura pode proporcionar ao leitor.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Comunicação é tudo!




*Por Adm. Marizete Furbino
“Não existe nada permanente, exceto a mudança”.
                                            (Heráclito de Éfeso)

Assim como na vida pessoal, na vida profissional a comunicação é fundamental.

É através da comunicação que alcançamos sinergia dentro de uma organização, uma vez que a comunicação nos permite unir forças, promover a integração e o inter-relacionamento entre pessoas e departamentos, permitindo que, todos além de conhecer, atuem de maneira a cooperar e a colaborar, somando forças e caminhando de forma interagida em prol dos objetivos organizacionais, procurando alcançar sempre a obtenção da maximização dos resultados, por meio de um trabalho em equipe.

A organização deve aprender a valorizar cada mensagem recebida, para atuar em prol da melhoria contínua.

Vivemos em um mundo globalizado, na era da incerteza, mundo recheado de mudanças constantes, onde a comunicação tem o seu valor, portanto, só poderão fazer o diferencial no mercado, as empresas que aprenderem a se comunicar, a trabalhar de forma interligada e inter-relacionada, somando forças, gerando assim, cada vez mais know-how, e por sua vez, agregação de valor, o que é essencial no processo de crescimento e expansão dos negócios, uma vez que, contribui e muito para que a empresa otimize seus resultados e se transforme em um diferencial competitivo, neste mercado onde a competitividade é demasiadamente acirrada.
Além da valorização das pessoas envolvidas no processo organizacional, as empresas deverão apostar na comunicação de seus objetivos, onde, o ideal é haver sempre feedback da comunicação realizada, a fim de construir e manter relacionamentos harmoniosos , fortificando então, a relação não só dos clientes internos, mas de todos os stakeholders envolvidos no processo organizacional, permitindo surgir e manter um elo de ligação entre todos, além de promover e colaborar para perpetuar um ambiente harmonioso e o compartilhamento de idéias e valores, onde a idéia de parceria estará presente em tudo que se faça e em todos.

Na era do conhecimento, a era em que vivemos, é preciso que para o empreendimento sobreviva no mercado, tenhamos pessoas talentosas, grandes líderes, uma ótima estrutura organizacional e que apresentem não só produtos e serviços de qualidade, mas também valores éticos. É também preciso, não só minimizar custos e maximizar lucros de seus acionistas, mas, ir além, se faz necessário enxergar todos os stakeholders como sendo parceiros, contribuindo assim para o desenvolvimento do empreendimento e compartilhamento de seus resultados.

A organização não se pode jamais esquecer que, para se obter êxito nas ações, eficiência e eficácia quanto à comunicação, deverá ficar “antenada” quanto ao meio e também quanto a todos os ruídos que por ventura aparecerem durante todo o processo.

Fazer com que a comunicação flua de maneira satisfatória dentro de uma organização é de suma importância, uma vez que esta poderá determinar o sucesso ou o fracasso das organizações e negócios, influenciando no comportamento dos consumidores e nas relações de trabalho gerando impacto positivo ou negativo na vida organizacional, quanto aos valores, à política e a cultura organizacional existente.

Diante desse cenário, as empresas inteligentes já começam a entender, o grandioso papel da comunicação dentro de uma organização e já iniciam transformações como a reformulação de seus conceitos, filosofias e práticas. Já são conscientes de que devem ficar atentas quanto aos valores e a cultura organizacional, uma vez que, os empreendimentos, assim como as pessoas, carregam sua história consigo e serão reconhecidos, analisados, valorizados e avaliados por esta, portanto, ficar atento quanto ao nosso comportamento e atitudes também é de suma importância.

Incorporar valores à marca, aos produtos e aos serviços, constitui o grande desafio da comunicação empresarial. Portanto, pensar em responsabilidade social, meio ambiente e cidadania corporativa, é imprescindível nos dias atuais e o importante não é só a contemplação destas idéias, mas a implementação das mesmas.

É de suma importância que, além de uma empresa trabalhar em prol de um ambiente transparente, respeitoso e acolhedor, que também tenha uma comunicação rápida, clara e eficiente, zelando sempre pela sua imagem, imagem esta que deve ser de fato de um empreendimento sério e confiável.

Criar e implementar uma política de comunicação não constitui uma simples tarefa, pois, é preciso que haja mudanças no que tange a cultura organizacional e isto não é fácil.

Temos que lembrar sempre que, as empresas são compostas de seres vivos e estes vivem de relacionamentos.

O mundo mudou e nas organizações também é preciso que haja mudanças.

Assegurar que a liderança da empresa acredite que os pilares do sucesso organizacional, passam por transparência e comunicação constitui um avanço.

*Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pelo UNILESTE-MG. É Administradora, Consultora de Empresa e Professora Universitária no Vale do Aço/MG.

Contatos através do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Beija-flor e planejamento

Escolhi este artigo que li no portal Nós da Comunicação para compartilhar com meus leitores, porque ele descreve muito bem a importância do planejamento e coincidentemente explica de forma simples e prática o que eu falei hoje pela manhã a respeito da importância do planejamento em uma possível campanha de comunicação externa que estou criando.
Renata Arruda
Nós da Comunicação > página inicial > panorama > artigos

Por Bruno Blankenburg*

Já é bem conhecida por muitos que trabalham no terceiro setor a história do beija-flor que tenta apagar um incêndio na floresta enquanto os animais simplesmente fogem. Nunca gostei dessa história, pois mostra a solidão e o fracasso. Por isso, criei outra versão que vou compartilhar com você.
O começo de minha paródia é o mesmo: está lá a selva pegando fogo, os animais fugindo e o beija-flor tentando apagar as chamas. Ao perceber que não estava tendo sucesso, a pequena ave parou em um galho e começou a pensar. Viu o fogo ameaçar as árvores, ao mesmo tempo que avistou, no rio próximo, uma oportunidade. Percebeu também sua fraqueza, pois não conseguia levar muita água em seu pequeno bico. Entretanto, lembrou-se de que era o único animal a ficar parado no ar, além de voar bem rápido.

Então, olhou de novo para a floresta e os bichos a correr. Traçou uma linha de ação e voou rapidamente para colocá-la em prática. Primeiro, falou com o bem-te-vi, que além de ser seu amigo, cantava bem alto, e pediu a ele que mobilizasse os elefantes e os conscientizasse de que poderiam usar suas trombas para conter o incêndio.

Enquanto seu amigo piava para a manada, o beija-flor conversou com algumas girafas para que orientassem os elefantes e mostrassem os principais focos do incêndio. Logo, estavam o beija-flor, o bem-te-vi, as girafas e os elefantes, cada um com suas qualidades, dando o melhor de seu potencial para resolver a crise.

O primeiro orientava as ações, pois podia ver claramente as labaredas de cima, enquanto os mamíferos apagavam as chamas. O bem-te-vi, como tinha terminado sua missão, foi conscientizar e mobilizar outros animais.

Antes do fim do dia, estavam todos os animais em uma grande festa para comemorar o sucesso da empreitada. As cigarras tocavam músicas alegres enquanto os bichos dançavam.

Enfim, com planejamento, cada um pode oferecer o melhor para o bem de todos, seja o gerenciamento, a supervisão, o operacional e, até mesmo, a comemoração (que também é muito importante!). Então, é melhor interromper as ações emergenciais, “parar para pensar” e agir de forma estruturada.

*Bruno Blankenburg é gestor de Planejamento da Alertse, jornalista por formação e possui experiência na comunicação e gestão de projetos on e off-line, em organizações dos segundo e terceiro setores da economia. Além disso, escreve para blogs e está presente na maioria das redes sociais como pesquisador empírico.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Psicologia Positiva e Comunicação

Por Renata Arruda

Hoje a noite, aliás na madrugada, estava assistindo ao programa Mesa de Negócios, na TV Horizonte, quando um assunto me chamou a atenção o tema era a Psicologia Positiva.

 Este é um assunto que vêm causando polêmica por se tratar de uma nova postura de ver o ser humano e apreciar suas qualidades.
o movimento científico batizado de Psicologia Positiva surgiu nos Estados Unidos, em janeiro de 1998 a partir da iniciativa de Martin Seligman (ex-presidente da American Psychological Association) que, ao lado de renomados cientistas como Mihaly Csikszentmihalyi, Ray Fowler, Chris Peterson, George Vaillant, Ed Diener dentre outros, começou a desenvolver pesquisas utilizando o método científico quantitativo, a fim de promover o que, de acordo com palavras do próprio Seligman, seria uma mudança de foco na Psicologia atual - do estudo de algumas das piores coisas da vida para o estudo do que faz com que a vida valha a pena.                                     (Instituto de Pscologia Positiva e Comportamento)

O convidado do programa para falar sobre o tema foi o senhor Claudemir Oliveira, que é consultor de empresas e doutorando no assunto nos Estados Unidos.

Segundo ele, psicologia positiva não é esquecer o negativo "È possível falar do problema e depois mudar o foco e falar das coisas boas que as pessoas tem'', com essa postura podemos ressaltar e potencializar as qualidades do ser humano, o que resultará em qualidade de vida e pessoas mais dispostas a buscar sempre, o melhor de si.

De acordo com Claudemir ''a tendência de olhar para o negativo, vem da nossa cultura de sobrevivência, pois alerta o ser humano para o perigo, que algo está ruim'' para mudar essa postura, temos que trabalhar em cima do positivo, do que é bom, falar de coisas boas ressalta o aperfeiçoamento das qualidades, isso só será possível se criarmos hábitos, é um exercício de pensamento.

Muitos ainda se sentem receiosos com o assunto, principalmente porque acreditam ser mero modismo, mas segundo os pesquisadores da área a Psicologia Positiva, é uma tendência, bem diferente do que se pode chamar modismo ou auto-ajuda, pois trabalha em cima de estudos ciêntíficos, sendo considerada uma ciência, que através de pesquisas esta comprovando sua eficácia.

Achei todo esse conteúdo muito interessante, principalmente para nós, RP's e Profissionais de Comunicação, pois é uma psicologia que trata as pessoas focando no que ela tem de bom, valorizando sua imagem, e trabalhando os possíveis erros com sutileza, dando o maior foco, ao que realmente importa, as nossas qualidades.

O Profissional de comunicação pode usar dessa teoria tanto na comunicação interna, quanto na comunicação externa.

Internamente, nós trabalhamos a informação para direcioná-las aos públicos internos da empresa, muitas vezes no momento de lidar com os funcionários,  colocamos a atenção maior naquilo que ele fez de negativo e esquecemos os seus bons  feitos dentro da organização; aliados ao setor de Recursos Humanos, a comunicação pode criar estratégias e ferramentas, para trabalhar os erros e potencializar as qualidades, criando cursos de auto-estima, palestras e treinamentos de como lidar com o que você tem de melhor, além do feedback que pode ser feito nessa linha de pensamento, onde não  se trata de não falar do ruim, mas sim potencializar o positivo, porque ''é impossível as pessoas serem perfeitas''(Claudemir Oliveira) as empresas tem a função de trabalhar o que os funcionários tem de bom tratando neste momento de ouvir, conhecer e transmitir empatia para a pessoa que está recebendo o feedback.

Já na comunicação externa, podemos utilizar da psicologia positiva para gerenciar crises e fazer a manutenção da imagem da organização; Quando algo não vai muito bem, mas não é proporcional a tudo de bom, que a empresa e o produto propõem, cabe ao comunicador saber gerenciar o erro e enfatizar tudo o que a organização tem de positivo para oferecer aos seus públicos, e uma dessas qualidades é a responsabilidade de reconhecer o erro (ter transparência) e cuidar para que isso não ocorra mais, Psicologia Positiva é lidar com o erro e potencializar as qualidades.

Durante o programa, uma telespectadora perguntou se era possível utilizar da Psicologia Positiva, no nosso dia-a-dia profissional? Claudemir repondeu que sim, esta ação depende do nosso emocional, temos que mudar hábitos e exercitar a mente, até que tudo se torne natural. 

Essa linha de pensamento pode ou não ser seguida, depende de como entendo e vejo as relações humanas e o modo de tratá-las, eu particulamente gostei muito, principalmente por acreditar que o profissional de Relações Públicas tem em uma de suas funções entender de gente, trabalhar o lado bom, e potencializar isso para o nosso ambiente interno e externo.

De acordo com Inácia Soares, jornalista, editora e apresentadora  do programa Mesa de Negócios, Psicologia Positiva ´'É um conceito bom de se pensar e se possível colocar em prática o quanto antes'' .

E você, o que pensa sobre este assunto?  Comente.


            Programa Mesa de Negócios

Post publicado também no Propaganda RS.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Por que precisamos tanto de feedback?

Por Andressa Carrasqueira, formada em Relações Públicas pela UERJ
Meu caro, se você é que nem eu, e nasceu na década de 80, você provavelmente é um Y. Nascido e criado em frente ao computador, seja com um 386, um Pentium 200 com internet discada para acessar o chat da UOL e o ICQ, ou, hoje em dia, com um smartphone para twittar por aí, você sempre gostou desse lance de web e relacionamento virtual.

Tudo sempre muito rápido, tudo ao mesmo tempo, tudo ao alcance do mouse. E com a ajuda do Google, é claro.

Você, ao contrário do que o seu chefe pensa, é capaz de fazer cinco coisas ao mesmo tempo. Você pode trabalhar 30 horas seguidas para terminar uma tarefa urgente. Você acha que esse lance de horário rígido é coisa do passado. Você é comprometido com sua carreira e pensa que constituir família é uma coisa pra pensar só depois dos 30. Você está sempre em busca de resultado, de sucesso. De uma empresa que invista em você, ouça suas ideias, acompanhe seu dinamismo, sua proatividade, sua vontade de crescer...

E aí, você entra no mercado de trabalho e vê que não é bem assim. São raras as empresas que estão preparadas para essa nova geração, que hoje povoa o mercado, a tão famosa Geração Y. Falar das grandes como o Google, a Microsof, a Natura, e algumas outras que estão buscando entender estes novos profissionais é relativamente fácil. Mas existe uma imensa fatia restante de empresas que continuam com a mesma postura de 20 anos atrás.

Lendo o post da Fernanda Fabian, Procura-se pessoas comprometidas, fiquei me perguntando: e o que é que nós precisamos, de fato, para nos comprometer? Motivação? Dinheiro? Investimento? Perspectiva de Crescimento?

Sim, precisamos de isso tudo, e muito. Mas, além disso, precisamos de feedback. É na comunicação constante que está o grande pulo do gato para manter um Y ao seu lado. Nós somos dinâmicos demais, e muito inseguros também. Precisamos do trabalho reconhecido 100% do tempo. O bom e velho tapinha nas costas. E, ao contrário do que muitos pensam, aceitamos sim críticas, as construtivas.

Ah, e como queremos ser ouvidos! Um Y não tem medo de dizer para o chefe o que pensa. Se for demitido, ele arruma outro emprego rapidinho. Isso não é falta de comprometimento. É justamente o comprometimento com o resultado que faz o Y expor suas ideias. Sem medo. O problema é que, quando o Y percebe que ninguém está ouvindo o que ele tem para dizer, ou está só ouvindo, sem fazer nada quanto a isso, ele se desmotiva. E, sem nenhum receio, cai fora.

Nós precisamos de causas. Não somos de nenhuma empresa. Não temos vontade de ficar 20 anos fazendo a mesma coisa no mesmo lugar, como nossos pais. Vemos o mercado de trabalho como algo dinâmico. E estamos constantemente nos preparando para ele.

A dica que fica aqui para gestores dos Y é: fale e ouça. Muito. Sempre. E permita a execução de novas idéias. Elas serão boas para sua empresa e para você.

E você, meu querido Y, ouça mais, e aprenda. Porque um dia você vai ser o gestor de um Z, e aí, com certeza, vai lembrar do seu antigo chefe.

Fonte: Blog OCappuccino.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Venha conhecer a nossa cozinha, agora ela é digital!

Por Regina Macedo*

Publicado no site da Aberje

Lembra quando alguns restaurantes nos convidavam para ver os bastidores, como era feita a comida, conhecer os funcionários, num ato de ousadia? Naqueles tempos, a cozinha ficava nos fundos dos restaurantes. Hoje, elas estão à frente, e os chefs são os grandes astros. Pois bem, algo muito semelhante aconteceu com a comunicação das empresas. O mundo é envidraçado, e não só o que fazemos e entregamos é visto, mas o como fazemos, e como fazem aqueles que participam do que fazemos. E ainda, como comunicamos o que fazemos. Sua credibilidade junto aos públicos. É o que dará vida e corpo ao que foi dito. Ou não. E a grande alavanca de toda essa transformação, sem dúvida alguma é o meio digital.

Assim como ainda chamamos comunicação on e off line, continuamos tratando a comunicação interna e externa. Essas linhas divisórias existem apenas para fins didáticos. A comunicação é como água, permeia toda e qualquer fresta e se espalha pelos meios disponíveis. Não há mais controle sobre o que pode ser dito aqui e ali. Quem escolhe o que vai ou não dizer, é quem resolve se expressar. Expressão é um ato de responsabilidade. E esse é um poder, que as pessoas estão começando a sentir. Como tudo o que é novo, traz excessos e descompassos. E trata-se de uma nova estrada que se abre.

As empresas agora, se verão às voltas com situações inusitadas. Uma notícia tem em média minutos, pouquíssimos, para se espalhar na web. Um verdadeiro rastro de pólvora digital. Para o bem e para o mal. E como temos uma tendência para comentar com mais ênfase o negativo, é preciso muito cuidado. A forma e a regra que antes funcionavam, não se aplicam mais. Agora, a visão e a manifestação são 360 graus. Não há cantos ou lugares ocultos. E muito menos como agradar a todos. Cada vez mais, a autenticidade do que se é, e o que se pode fazer, torna-se fundamental. Não é mais um mundo de perfeição, mas de coerência. E de respeito. Pode ser que o estilo não agrade a todos, ou que gere identificação para uns e não para outros. Mas se tiver consistência, constância e propósitos dignos, não for algo efêmero, vou respeitar, mesmo que não goste.

Isso traz uma profunda mudança nas atitudes das empresas, que são claro, formadas por pessoas. Muitos dos executivos que chegaram aos altos escalões de uma organização, tem formação técnica, e ao longo de suas carreiras foram medidos por resultados financeiros por excelência. Claro que, os indicadores de reputação começaram a ficar mais importantes, mas não houve tempo hábil na maioria dos casos, para se prepararem para os indicadores digitais. Essa é uma variável nova e incontrolável. Pode até ser cultivada num ambiente seguro, mas há uma selva onde vivem as mais diferentes espécies ainda não catalogadas. E agora? Podemos até tentar implementar recursos de rastreamentos sofisticados, ficarmos horrorizados e querermos coibir manifestações, ou ingenuamente acharmos que vamos controlar alguma coisa. Por mais que se estabeleçam regras de conduta, que sem dúvida são fundamentais em todo tipo de comunicação e relação, a expressão de idéias é um direito humano. A questão é: para onde vão os ventos dos mares digitais? Onde está a bússola?



Por mais contraditório que isso possa parecer, as coisas podem ser bem simples e analógicas. A velha e boa interação pessoal. O olho no olho, o sentimento verdadeiro, ouvir o outro, gostar de gente. Ingredientes sempre eficientes para a boa comunicação. O meio digital eleva assim, a potência e a cobertura da comunicação. Quem sabe, justamente quando há vínculo e autenticidade nas relações próximas, acenda-se uma faísca na pólvora digital que se espalha pela rede. Um satélite transmissor de alta frequência de informações e sentimentos. Pois no final, parece que o grande desafio continua sendo o mesmo, o humano.

*Diretora de Marketing Corporativo da HP Brasil. Formada em Administração de Empresas com ênfase em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas, possui MBA cursado na mesma entidade. Possui experiência no mercado de tecnologia e telecomunicações adquirida em empresas como Gradiente, IBM Brasil e Siemens Mobile, onde ocupou cargo de diretora de comunicação no Brasil.